terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Sexualidade é banalizada, dá ibope e ganha a mídia!






SEXUALIDADE É BANALIZADA, DÁ IBOPE E GANHA A MÍDIA!


            "Uma adolescente seduz um homem mais velho e casado; uma repórter pergunta a um pedestre - sem constrangimento - se o tamanho, no caso do pênis, é documento; uma personagem, só de biquíni, dança sensualmente para excitar os rapazes. Não. Não se trata de um canal erótico. Diariamente, é possível ver e ouvir sobre sexo - sem qualquer restrição quanto à abordagem ou ao horário - em todo canal de TV ou meio de comunicação. A sexualidade há muito, deixou de ser um assunto tratado a sete chaves. Muitas vezes, as cenas picantes estão no ar na hora do almoço”.
 
A informação é o caminho da aprendizagem. O detalhe que observamos é que faltam critérios para sua difusão. Poucos programas divulgam informações realmente científicas. 
A possibilidade de se discutir sobre questões ligadas a sexualidade na mídia, é algo bem positivo se bem difundidas.
Hoje nos deparamos com assuntos ligados a sexualidade em vários meios de comunicação, a sexualidade ganhou a mídia e dá muito ibope. Isso é um ótimo sinal, o tema era tratado com muitas ressalvas anteriormente. O ponto negativo dessa exposição toda, é que o sexo está se banalizando.
 
 Tratar de sexualidade com naturalidade é essencial, só que essa banalização estimula que as crianças e adolescentes cheguem cada vez mais cedo ao sexo, e na maioria das vezes sem preparo algum. Ou seja, tem-se muita exposição em torno do assunto, mas falta maiores informações cientificas, faltam referencias.
 
Nas novelas, uma das grandes fontes de entretenimento dos brasileiros, as cenas são baseadas na realidade, mas com desfechos bem diferentes dos vividos todos os dias pelas pessoas comuns. A gravidez precoce, o homossexualismo, a AIDS e a prostituição parecem temas bem mais suaves e menos problemáticas. Na realidade, sabemos que é totalmente diferente.

A sexualidade é explorada em programas de televisão de forma assustadora. O intuito principal é causar polemica, subindo então o ibope. Poucos programas têm uma abordagem educativa do assunto, o que é uma pena.
           
A menina na novela transa com o namorado e logo aparece grávida. O fato de estar apaixonada é mais importante do que todos os outros fatores. Como a TV tem um papel importante na formação da opinião pública, esse episódio deveria ser usado como uma forma de reforçar a importância da camisinha e da prevenção da AIDS e da gravidez. Entretanto, os critérios usados para tratar o assunto são contraditórios e trazem confusão. Quem é virgem, por exemplo, entra em um conflito ao assistir cada capítulo.
             
A mídia usa a sexualidade como forma de aumentar sua audiência, muitas vezes de forma vulgar.  A questão não está apenas nas novelas, filmes e revistas chegaram também aos programas de entrevista. Até certo ponto, a mídia contribuiu para o assunto ser tratado sem repressão. O detalhe é que os programas passam a qualquer hora. As crianças vêem e não entendem. O resultado deste contato precoce com o assunto traz conseqüências. Como a criança fantasia muito, o sexo pode ser encarado de forma desvirtuada. Essa soma de dúvidas e levada para a adolescência, podendo futuramente causar inúmeros transtornos que poderiam ter sido evitados com mais exploração detalhada e cientifica pela mídia em torno da sexualidade.
               
 Não existe preocupação em informar. O conteúdo apresentado na mídia é meramente apelativo. As personagens eróticas dos programas dirigidos aos jovens chamam atenção para outro tipo de sexualidade: a que não valoriza a pessoa integralmente, mas apenas partes do seu corpo é que contam.
           
Para os adolescentes, o estímulo da mídia não gera apenas vontades, mas leva às ações. A cada dia, os jovens transam mais cedo, sem atentar para os riscos de doenças e da gravidez. A censura não resolve, mas é necessário ter melhor senso.
 
Muitos adultos apreendem o que é apresentado na mídia sobre o sexo. O sexo da TV é mostrado como algo de outro mundo.
               
A mídia não tem apenas o papel de entretenimento, mas sim o de informar e educar. Não adianta expormos os assuntos voltados a sexualidade através de textos extensos com linguagem cientifica. Isso é recorrente e não chama mais a atenção das crianças e adolescentes. 

Em virtude disso terei agora nas minhas redes esse espaço aberto para falarmos de todos os assuntos voltados a sexualidade e seus vários mitos. Vamos dialogar sobre o assunto através de perguntas enviadas por nossos leitores.
 
A sexualidade tem que ser tratada com liberdade e naturalidade!

Tudo o que você gostaria de saber sobre sexualidade e não tinha a quem perguntar, o DIALOGANDO SOBRE SEXUALIDADE vai responder da melhor forma, através do bom e velho DIÁLOGO.


Envie suas perguntas/sugestões de temas para: rafaelmirandamendes@hotmail.com